Meus demônios têm vontade
De amor a iniqüidade
Causar, cansar, caçar a humanidade
Meus demônios têm sentidos
Irão rasgar o teu vestido
Morder, marcar, matar tua libido
Meus demônios têm urgência
De devorar minha decência
Gerir, gerar, gozar na inocência
Meus demônios têm pressa
Pra sufocar o que se cessa
Arrancar, arder, acabar o que começa
Meus demônios têm sede
De ceder ao que prende
Sorver, socar, soprar o que se estende
Meus demônios têm fome
Estão gritando o meu nome
Urgir, uivar, urrar e depois some
Meus demônios têm vida
De tão real viram ferida
Ilustrar, incitar, irromper à investida
Vontade, sentidos, urgência...
Pressa, sede, fome...
Vida!
Meus demônios.