Silêncio e Sangue

15:01 / Postado por Figgis / comentários (1)

E quando for e ser e vir,
Tem o barulho do silêncio.
Aquele som de sombra,
Maldito dom de prosa,
De quando foi, e fui... nem vi.

Mas quando for e crer e rir,
Daquela lua de solstício,
No dom da sua de resquício
Que é ímpia e é empáfia,
Grita o barulho do silêncio...

E quando for morrer em mim,
Aquele maldito barulho.
Som de sobras,
Da cor do silêncio,
A dor de abstênio,
É o absinto que já nem sinto.
E da nossa última santa ceia,
Fica o sabor do vinho tinto.

Quando dor, sofrer, mentir,
É o velho e habitual
Silêncio e sangue.