He Fall (But Never Crawl)

16:41 / Postado por Figgis / comentários (0)

My ancestor

My predecessor

My possessor

My professor

Created sin, but

He never sinned

Created crime, but

He never cried

That’s why he

Had to die

That’s how he

Lives now

He fall but never crawl (x4)

He fall but never crawl (x3)

Once maid in heaven now king of all

An avenger

Of his own life

His punishment

Was to know mankind

Like an angel

Made of light

He drinks the dark

Just to learn how to fly

His blood of heaven

Was earthly dried

He goes to hell

Just to lead his kind

He fall but never crawl (x4)

He fall but never crawl (x3)

Once maid in heaven now king of all

Devil Wears Pink Shade

16:37 / Postado por Figgis / comentários (0)

Sarcastic agony

Distorting all I see

She makes me melody

Back in time again

And all is back in black

This world, it seems to crack

She said in smiling tracks

Back in time again

Looking at my point of view

Killing all my points of you

Linking all the dots that fade, I say

Devil wears pink shade

Loosing all the sorts of true

Living with your words, undo

Linking all the dots that fade, I say

Devil wears pink shade

For a while, wet ‘n’ wild

Cursing all your points of view

Take a ride, open wide

Spitting all your sorts of true

Agony, melody

Killing all the points I see

Back in black, smiling tracks

Fucking with your words, I’ll smack

Back in time again

Looking at my point of view

Killing all my points of you

Linking all the dots that fade, I say

Devil wears pink shade

Back in time again.

Sobre Vidas V

04:04 / Postado por Figgis / comentários (0)

Na constância inconstante dos caminhos da vida fingi-me infindável. Fundei, fundi e findei nas maneiras que cabe-me agora, no desacelerar do jardim das dúvidas, mapear:

Acordo cedo e decido: Quem vou ser hoje? O filho mimado ou o pai dedicado? Tomo um tento e um conhaque, vou em frente. Viro a esquerda na avenida dos amores perdidos, sigo reto... Quem eu vou ser hoje? Atraco no perdido porto dos dias vulgares, esfumaço meus sentidos, respiro fundo e tusso forte, hora de partir rumo aos mares do bem vivido. Escolho uma profissão numa roleta russa americana... Quem eu vou ser hoje? O malabarista na rua ou o circense de Wall Street? Enveredo-me por entre vielas fugazes, faço-os rir. Dou cambalhotas e pulo corda e num ato de diversão estouro enfim na cara a torta, todos riem e vão embora, ninguém aplaude o palhaço. Quem eu vou ser hoje? Aquele que sempre acerta ou aquele que erra e nunca aprende? Sigo em frente à rua, sem perceber os amores contentes nas esquinas das escolhas não tomadas. Pulo as cambalhotas e ninguém dá corda e num ato de desespero estouro enfim a cara torta, todos riem e vão embora. Quem eu vou ser hoje? O que chora ou o que consola? Me encontro em novos portos, de mares calmos, vejo meu filho ter um filho, viro a direita na estrada das certezas e sigo em frente rumo ao rente riso do amor conquistado, me acalmo, desacelero no jardim das dúvidas...

Acordo cedo. Quem eu vou ser hoje? O pai ou o filho, o chefe ou o empregado, o ser perfeito ou o ser humano, o repressivo ou o depressivo? Escolha um mundo ou deixa que o mundo esolha por você. Ande, corra, navegue, mas nunca pare... nunca aplaque-se...

Eu Não Sei do Que Posso Te Salvar

18:54 / Postado por Figgis / comentários (0)

As batidinhas ansiosas dos meus pés. Vou escutar o Ipod... ah! Não fode! Tá quebrado! Está frio, afundo as mãos dentro da manga do suéter listrado de flanela. Esse Sol de domingo de manhã é estranho por que hoje é terça. Recolho-me no sofá da minha sala e presto atenção nas batidinhas dos meus pés enquanto espero ela chegar.

Faz três anos desde a última vez que nos falamos, foi engraçado, vou contar pra vocês, foi assim...

Lá estava eu, subindo as escadas rolantes do shopping, distraído, olhando vitrines, quando dei por mim, estava ela ali, em cima de mim! A menina, a minha menina, estava um degrau a minha frente, como sempre, e olhava pra mim com seus olhos de mangá, seus olhos cintilantes de Betty Boop, sobretudo vermelho e um sorriso que deve ter comprado lá mesmo no shopping, ninguém nasce com aquele sorriso! Meu primeiro impulso foi abraça-la como uma criança se aninha no peito de uma mãe, sempre fazíamos isso na época em que eu era feliz. A escada chegou ao fim sem que um segundo se passasse, quase trombei nela e quando ela andou pra trás, se afastando de mim, achei que fosse fugir e dei um passo à frente. Rimos em velado, velados sobre o véu do estranhamento.

Essa foi a última vez que nos falamos. O que falamos? Nem me lembro, nem importa. Nos falamos...

Eu não sou dado a amigos, faço mais o tipo que tem colegas, e deve ser por isso que não costumo reencontrar pessoas depois de anos, aquilo que passa vai, se esvai, mas ela me ligou ontem e já tinha passado da meia-noite. Eu estava no meu quarto, dedilhando no violão algum british pop, faço isso às vezes só pra manter distante o silêncio de quem mora sozinho. Às vezes conto piadas pra mim mesmo e rio delas, às vezes escrevo nas paredes, às vezes choro e outras vezes faço chá, mas naquela noite, recebi um telefonema! Minha pequena pequena, minha pequena Amelie Poulain... ela encontra refúgio no não-convencional, subterfúgio no artificial. Ela invade festas de criança só pra poder dançar, corta o cabelo de acordo com as estações do ano, brinca de tirar fotos e já ganhou até prêmio, premiada por brincar, quem diria, que menina!

Ela vivia achando dinheiro na rua, dizia que essa seria sua nova profissão. E poderia tê-la seguido se quisesse, sério mesmo! Achava sempre notas gordas, de cinquenta ou até de cem! Deve ser porque ela realmente olhava em volta... é a única pessoa que eu conheci que realmente via beleza numa flor. Ai, as batidinhas do meu pé!

Quando atendi ao telefone ela me perguntou se eu tinha visto algum filme bom recentemente, e depois disso nos perguntamos tudo, menos as coisas que não importam como: “Como vai você?” ou “O que tem feito?”. Eu cochilei por dez minutos e ela ficou no telefone, disse que queria ouvir minha respiração engraçada, e depois rimos disso assim como rimos dos ornitorrincos e do Joaquim Phoenix ter virado rapper... rimos até o Sol nascer e agora ela está vindo pra cá!

Me esforço pra lembrar seu rosto, suas feições, mas não consigo. Sei que ela tem olhos de mangá e nariz de borboleta, mas não é que a Beleza é mesmo coisa interior, já não me lembro de beleza a não ser no ser daquele ser, mas sei que era bela, quase uma Bella, mistura da Swan e do Lugosi, e belas e feras só ficam juntos em desenhos animados, coisa que não me anima nem um pouco. Me faz lembrar da frase que dissemos ao final: Eu não sei do que posso te salvar. “Eu não sei do que posso te salvar” disse o outro ao um.

Ouço a campainha, droga, eu ainda tô com o suéter de dormir, calça de pano, cadê meu Ipod pra fingir que sou descolado? Ah é, ta quebrado. Arrumo o emaranhado que chamo de cabelo, pelo menos os dentes eu escovei. Fui olhar pela janela do lado da porta da cozinha e volto a vê-la, está parada no portão. Apenas um gramado sem flores separa a gente agora, meus pés pararam de bater, o que é isso batendo agora? Ok. Lá vou eu. Abro a porta, ela abre o portão. Cabelo curto, meio preto meio tudo, que delícia! Ha-ha-ha, é claro que ela não segue a linha e vai por cima da grama. Sandália rasa, saia jeans e camisa do Libertines, menos de meia hora do telefone até aqui e vestida pra me matar.

- Entra! – droga, deveria ter sido um “Bom dia, há quanto tempo” ou ainda um atrevido “Você está linda! Adorei o que fez com o cabelo”.

Olha! Ela me olha! Invadiu os meus domínios, tá com os dois pés na minha cozinha, parada, bem aqui na minha frente! Ela está bem aqui, na minha frente, nesse exato momento, enquanto em um universo paralelo escrevo isso pra vocês! É exatamente como eu me lembrava (embora eu não lembrasse), só falta o sorriso, os olhos cintilantes, o brilho da manhã... bem, ela não está exatamente como eu me lembrava, mas que se foda, eu nem lembrava direito dela mesmo. O quê? O que é isso?

- Estou com problemas! Droga... mal cheguei e já estou me abrindo! Eu jurei que ia manter a pose! – O que é isso nos olhos dela? Lágrimas? Nunca as vi ali! Ela sorri sem graça, fazendo pose de princesa por um instante antes de se sentar. – Eu sei que você não tem nada a ver com isso, mas tudo desabou... o amor, o dinheiro, a família. Até a exposição que eu ia fazer cancelaram...

Quem é essa mulher? E o que ela fez com a minha menina? Problemas? Achei que só eu os tinha! Ela está despedaçando minhas fantasias! O que eu vou fazer com isso? Droga, eu deveria falar alguma coisa, essa desconhecida está falando de problemas conjugais e nem ao menos está sorrindo. Achei que só eu os tinha.

- V-você está bem? – Parabéns pra mim, acabo de arrancar uma risada engasgada sendo um completo idiota! – Digo... o que eu posso fazer? Eu adoraria te ajudar, mas eu não sei do que te salvar...

Caminho e sento no banco ao lado do dela enquanto nos olhamos. É, eu falei isso sem querer, mas ela lembrou da onde essa frase veio. Parece que bateu como uma rocha, não foi minha intenção. A vingança é um prato que se come frio, o problema é que eu não gosto de comida fria. Tenho estado a tanto tempo sozinho, endureci. Nessa minha vida sozinha aprendi a toca violão, a contar piadas pra mim mesmo. Às vezes choro e às vezes faço chá. Eu não te reconheço mais, mas essa pessoa que vejo na minha frente tem problemas que nem eu e essa pessoa é que eu quero conhecer.

- Calma, respira. Vai ficar tudo bem. Vai ficar tudo bem agora. Você aceita um chá?

Às vezes eu choro, outras vezes faço chá... hoje não estou no clima pra chorar, talvez num universo paralelo, mas enquanto penso todas essas coisas pego a chaleira e ponho a água pra ferver. Caminho até a porta e a fecho, deixando pra fora todo o resto, todas as outras vidas que deixo de viver.

A porta se fecha lentamente deixando tudo que não importa mais pra fora, inclusive vocês!

Sobre Vidas IV

16:54 / Postado por Figgis / comentários (0)

Meu cérebro está funcionando em uma frequência estranha, acelerada, parece que o mundo não funciona da forma certa. Parece que tenho a resposta para todas as perguntas, sendo que ninguém me perguntou nada. Meu cérebro pulsa, dispara, como um coração ou uma arma.

Hoje eu tô a fim de exercitar o órgão mais importante do meu corpo, leva-lo para cima e para baixo em pegadas compulsórias, quero movimentar meu cérebro e achar essas perguntas escondidas no viés da minha história.

Quero nascer, nascer e nascer pra enfim viver, sentir e morrer. Quero um mundo na frequência certa, que pulse como pulsa minha mente mensalista, que dispare como se dispara rumo ao novo e ao nada. Tô a fim de um pouco de masturbação mental, um vinho com Almodóvar ou um queijo e Gardel, um manifesto comunista e um gole de bebida.

Hoje, meu cérebro funciona em uma frequência diferente, porém frequente. Faz com que eu sinta frio em noite quente e por isso quero um alívio qualquer, um whisky e um Baudelaire, e assim masturbar a minha mente, quem sabe assim você me sente.

Sobre Vidas III

16:51 / Postado por Figgis / comentários (0)

Mas será que se apagou toda a faísca de um tempo bom? Um tempo de amor inocente, tão simples e aparente. Já morreu meio morto? Já viveu outra vida? Viveu vida que em nossa vida morreu... será que lembra que ainda me lembro dela?

De tantos anos, deve ter sufocado, supus secado, mas será que seguiu-se sossegado? Pronto pra ser sugado novamente por nossas sangrias.. ai tais dias!

Ai aquele dia, foi tão lindo de te admirar, foi admirável nosso amor de luz, a luz já se apagou?

Quero de novo teus suspiros, com gosto de suspiro, de baunilha... tão inocente e aparente, as nossas simples mentes... ai que amor, porque se foi? Vem ser bom de novo ou traz outro igual atrás do normal banal de hoje em dia, em dia, em dia.

Ai não quero mais me lembrar, já não quero te lembrar.. não se lembre, mas se lembrar! Ah, se lembrar... vai se lembrar? Ah, mas se amar... almas ao mar...

Demonstrava Alegria

19:01 / Postado por Figgis / comentários (0)

Demonstrava alegria, quem diria!
Era só mais um ato, o seu pulo do gato,
Uma peça doentia
Quem diria...

Demonstrava alegria, quem diria!
Era só dar um trato, tingir o retrato,
Uma vista vazia
Quem diria...

Lá onde todas nasciam, nascia Maria
Servindo sentada, sorria sangrada
Sua triste alegria.

E quando o tempo passou, passava Maria
Donzela intocada, cadela currada
Dupla sinfonia... quem diria!

Às vezes o céu disfarça
Às vezes o Sol desaba
De céu estrelado a choro estralado
Ninguém nota Maria... quem diria!

Demonstrava alegria, uma falsa alegria
Demonstrava alegria, maldita poesia
Demonstrava alegria, agourada agonia

Às vezes o céu desaba
Às vezes o Sol dispara
Às vezes Deus olha pra ela e diz: “Pára Maria”

Quem diria... foi fim da melodia...
Uma triste agonia... quem diria,
Quem diria... demonstrava alegria!